Desenvolvimento do mercado de Papel requer avaliações estratégicas.
Segundo a Pöyry, fechamentos de plantas menos competitivas
irão deteriorar ainda mais o cenário
A indústria de papel gráfico e de papel jornal ainda não se recuperou da recessão de 2001 e 2002. A Europa, por exemplo, perdeu mais de 20% da capacidade de produção de papel, entre 2008 e 2014, e nos primeiros meses de 2015 novas paralisações de fábricas foram registradas, que equivalem a 650 mil toneladas a menos de capacidade anual. Apesar destas significativas reduções, há excesso de produção no mercado e os preços do papel gráfico não revestido atingiram um mínimo histórico de cerca de US$ 520 por tonelada.
A Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, prevê ainda novas reduções de demanda por papel, na ordem de 3 milhões de toneladas até 2025, o que representará um profundo corte para a indústria.
Diante desse cenário, agentes do setor esperam que as reduções de capacidade ajudem a estabilizar os preços, mas a questão é se o fechamento de plantas menos competitivas irá trazer alívio ou é uma necessária consolidação estratégica de mercado.
Para a Pöyry, o fechamento das plantas menos competitivas de papéis gráficos pode deteriorar ainda mais o mercado. Por outro lado, “fechamentos estratégicos” de capacidades, situadas em posições intermediárias na curva de competitividade, ajudariam a estabilizar e até aumentar os preços do papel.
O encerramento de plantas é a última opção, mas a situação atual exige que algumas saiam do mercado. No entanto, análises realizadas pela Pöyry demonstram que não são as menos competitivas que devem sair. O cenário de “fechamento estratégico” de plantas posicionadas entre as mais competitivas e as menos competitivas, ou seja, no “meio de campo” (ou midfield, pelo termo em inglês), são mais favoráveis para a construção de um cenário de incremento de preços do papel e de melhores margens aos fabricantes.
“O desenvolvimento do setor de papéis gráficos requer uma avaliação estratégica. A Pöyry demonstra que é possível mudar os preços do papel moldando a curva de oferta das plantas. Esse cenário exigiria uma consolidação do mercado, com aquisições estratégicas. Caso isto não ocorra, os preços de papéis gráficos continuarão a declinar”, explica Manoel Neves, gerente de Estudos Econômicos da Pöyry.
Segundo ele, a análise inclui uma visão das circunstâncias futuras de mercado e a contabilização, dentro da curva de oferta, do desempenho de cada uma das máquinas de papel das plantas. Assim, é possível detectar quais plantas devem ser selecionadas para o fechamento e obter o impacto na estratégia global da empresa, bem como nos requisitos de fluxo de caixa.
Sobre a Pöyry
A Pöyry é uma empresa multinacional de engenharia e consultoria, dedicada a um modelo de sustentabilidade equilibrada – balanced sustainability – e gestão responsável, que atende, globalmente, a clientes no setor industrial e de energia, e presta serviços localmente a diversos mercados estratégicos. Com atuação focada em qualidade e integridade, realiza consultoria técnica e estratégica e serviços de engenharia sustentados por uma vasta experiência e capacidade de implantação de projetos. Atua nos segmentos de energia (geração, transmissão e distribuição), florestal, papel e celulose, químicos e biorrefinaria, mineração e metalurgia, infraestrutura e água.
No Brasil, a Pöyry iniciou atividades em 1974, tendo criado a sua subsidiária brasileira em 1999. Nesse período, aumentou o seu escopo de atuação, ingressando ainda mais nas áreas de consultoria e gerenciamento de projetos, além dos serviços de engenharia de fábrica. Atualmente, conta com mais de 600 colaboradores no País e atende mais de 50 clientes, de diversos setores.
Globalmente, a empresa possui mais de 6.000 especialistas, além de uma extensa rede de escritórios locais. O faturamento do grupo em 2014 foi de 571 milhões de euros, e as ações da empresa estão cotadas na bolsa NASDAQ OMX Helsinki.
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