Para quem está à frente, a ecologia básica não é suficiente.
Cada vez mais as empresas querem se tornar mais sustentáveis e, constantemente, estabelecem objetivos maiores para si mesmas. Por exemplo, as metas de neutralidade de carbono tornaram-se metas de carbono negativo para muitos negócios, e o termo “natureza positiva” está sendo cada vez mais utilizado na discussão sobre a preservação da biodiversidade.
Por que falar em preservação da biodiversidade?
A biodiversidade é definida como a soma de espécies, a diversidade genética, os ecossistemas e os processos evolutivos da Terra. Uma vez que uma proporção significativa de formas de vida e de ambientes está ameaçada de extinção, uma ação urgente de preservação da biodiversidade é necessária.
De acordo com o último Living Planet Report, da WWF, a humanidade gastou mais de 60% de toda a vida selvagem da Terra. Além de ser uma preocupação moral, o declínio de espécies, os serviços ecossistêmicos e os ativos de capital natural ameaçam diretamente o desempenho dos negócios em uma escala semelhante à crise climática.
Para reverter essa situação, as empresas precisam rapidamente se envolver em ações de biodiversidade em larga escala. Poucos líderes empresariais, no entanto, notaram atentamente os riscos relacionados com a dependência da natureza e dos serviços ecossistêmicos. Esta situação é um grande obstáculo para serem colocadas as questões da biodiversidade na agenda de gestão.
Ademais, clientes, investidores e outras partes interessadas progressivamente passarão a exigir que as empresas se preocupem com a sustentabilidade e boas práticas de ESG e realizem ações concretas para promover a biodiversidade.
Sem natureza, sem negócios
A perda da biodiversidade afeta os negócios de diferentes formas, dados seus perfis de risco individuais e sua dependência da natureza. Por exemplo, uma redução na qualidade do solo e um clima instável podem prejudicar significativamente a confiabilidade das cadeias de abastecimento agrícola, já a interrupção do fluxo de um rio afeta a eficiência das usinas hidrelétricas.
Além disso, a perda de biodiversidade aumenta seus riscos físicos, regulatórios, econômicos e reputacionais, enquanto o investimento na preservação da biodiversidade e na restauração de ecossistemas pode prevenir passivos e gerenciar tais riscos – se as medidas forem orientadas por metas e o perfil de risco de uma empresa tiver sido devidamente identificado.
Esse processo requer a coleta e análise de dados específicos da região em estudo, sendo uma grande diferença quando comparado aos relatórios climáticos. Ao contrário das mudanças climáticas, os impactos relacionados com a natureza para o mesmo tipo de ativo da empresa variam significativamente em todo o mundo, a depender do ecossistema ou região onde o ativo está localizado.
Embora o tópico da gestão de riscos e de dependências relacionadas com a natureza esteja alguns anos atrás da discussão sobre mudanças climáticas (tanto na conscientização pública, quanto na formulação de políticas), os reguladores estão acelerando o ritmo, como têm demonstrado as recentes discussões em nível global e a fundação da Força-Tarefa sobre Divulgação Financeira Relacionada com a Natureza (Task Force on Nature-Related Financial Disclosure, TNFD).
Clientes estão exigindo ações de preservação da sustentabilidade
A maioria das empresas que iniciou programas de sustentabilidade corporativa conseguiu aumentar a satisfação do cliente e, por sua vez, sua fidelização. À medida que as expectativas dos clientes aumentam, novas oportunidades de negócios surgem, ao mesmo tempo em que as empresas respondem à demanda e oferecem soluções e alternativas mais sustentáveis – um processo cujo balanço positivo também atrai investidores.
No entanto, a gestão da sustentabilidade corporativa incluirá o gerenciamento de riscos relacionados com a natureza no futuro, logo, mais ações de preservação da biodiversidade são necessárias para manter o mercado em movimento.
O aperto dos requisitos para o financiamento sustentável terá um impacto significativo nos esforços das empresas para gerir a biodiversidade. O dinheiro será direcionado para empresas e projetos que promovam a biodiversidade e a sustentabilidade de forma mais ampla. O TNFD e a própria Taxonomia da União Europeia serão ferramentas importantes neste contexto, e será necessário um bom entendimento para aplicá-los de forma eficaz, enquanto os projetos internacionais de infraestrutura precisam estar cada vez mais alinhados com padrões de desempenho.
Um negócio responsável atrai não apenas clientes e investidores, mas também parceiros e funcionários. Isso se torna visível nos padrões de cooperação entre empresas e nas cadeias de suprimentos.
A sustentabilidade tornou-se, portanto, uma tendência que está moldando a economia de mercado: a biodiversidade é a próxima grande novidade depois das ações contra mudanças climáticas.
Quão ambiciosas são suas metas de biodiversidade?
Até então, a promoção da biodiversidade é uma vantagem competitiva para as empresas, mas logo se tornará um requisito padrão.
À medida que os parâmetros aumentam, o nível estratégico faz-se mais importante. Em vez de resolver questões individuais, é útil que as companhias desenvolvam uma visão holística sobre o tipo de ação que a empresa assumirá no futuro e qual papel as questões de biodiversidade desempenharão nisso.
Ao avaliar o próprio desempenho da empresa, suas capacidades, o cenário competitivo e os impactos do negócio, é possível ter uma ideia melhor de quais metas podem ser definidas e como trabalhar para alcançá-las.
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