Subproduto da fabricação de celulose, separar o tall oil do licor negro melhora a eficiência da planta de evaporação e gera receita adicional aos fabricantes
Para atender às exigências da Diretiva da Energia Renovável (“Renewable Energy Directive”), da Comissão Europeia, que estabelece aos países do bloco a meta de substituir, até 2020, em ao menos 10% o combustível fóssil utilizado no transporte por outro, proveniente de fontes reneváveis, a Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, acaba de publicar um documento no qual aborda as oportunidades para a indústria de celulose na bioeconomia, a partir da crescente demanda por tall oil.
Subproduto da produção de celulose e com importante valor comercial, o tall oil é obtido a partir da separação do sabão de tall oil do licor negro queimado pelas fábricas para gerar calor e eletricidade. Misturado ao licor, o sabão dificulta a operação da planta de evaporação, por isso faz sentido separá-lo do licor negro. Uma vez acrescido de um ácido, o sabão dá origem ao tall oil puro, que pode ser utilizado como matéria-prima para fabricação de biocombustível.
“Além de proporcionar receita adicional às fábricas de celulose, separar o sabão do licor negro melhora a eficiência geral das operações da planta, e a produção do tall oil está se tornando cada vez mais lucrativa aos fabricantes”, afirma Jarno Peltonen, diretor de tecnologia em celulose do Grupo de Negócios Industriais da Pöyry na Finlândia, e autor do documento denominado “Tall Oil: Unlocking opportunities for pulp mills in the bioeconomy”. Em função da concorrência com o biodiesel e da pressão regulatória, o preço do tall oil cru já atinge preços entre € 400 a € 500 a tonelada, o que aumenta sua competitividade como matéria-prima de biocombustível.
Cerca de 40 fábricas de celulose em todo o mundo têm potencial econômico de separar o tall oil, em função do volume anual de produção de celulose, como já ocorre em plantas existentes em países do centro e norte da Europa. Com base nas previsões de crescimento da produção de celulose até 2030, um adicional de 300 mil ton/ano de tall oil bruto poderiam entrar no mercado. “Tal expansão de capacidade ajudaria a suprir a crescente demanda de tall oil bruto e poderia representar um aumento significativo de oportunidades para suas aplicações”, afirma Peltonen.
Ao longo dos últimos 30 anos, a Pöyry entregou mais de um terço das plantas de tall oil do mundo e ajudou várias fábricas a projetarem ou melhorarem seus processos de separação de sabão e de tall oil, a fim de aumentar sua eficiência operacional e lucratividade.
O documento “Tall Oil: Unlocking opportunities for pulp mills in the bioeconomy”, em ingles, está disponível para download neste link.
Sobre a Pöyry
A Pöyry é uma empresa internacional de engenharia e consultoria, que entrega soluções inteligentes a clientes da indústria florestal, papel e celulose, mineração e metalurgia, químicos e biorrefinaria, infraestrutura, água e energia (geração, transmissão e distribuição). Com atuação focada em qualidade e integridade, realiza consultoria técnica e estratégica e serviços de engenharia sustentados por uma vasta experiência e capacidade de implantação de projetos.
No Brasil, a Pöyry iniciou atividades em 1974, tendo criado a sua subsidiária brasileira em 1999. Nesse período, aumentou o seu escopo de atuação, ingressando ainda mais nas áreas de consultoria e gerenciamento de projetos, além dos serviços de engenharia de fábrica. Atualmente, conta com mais de 500 colaboradores no País e atende mais de 50 clientes, de diversos setores.
Globalmente, a empresa possui cerca de 5.500 especialistas, distribuídos em 40 países e 130 escritórios locais. O faturamento do grupo em 2016 foi de 530 milhões de euros, e as ações da empresa estão cotadas na bolsa NASDAQ OMX Helsinki.
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