Já ouviu falar em metaverso? A novidade digital, que está dominando o setor de entretenimento e criando novas formas de socialização e interação humana, está cada vez mais próxima de quebrar as barreiras entre o online e o offline.
Se para alguns isso parece uma realidade distante, para a Pöyry, devido à sua experiência global e atenção às tendências, não é. Já contamos com soluções que levam as tecnologias do metaverso para o setor industrial. Conheça mais sobre o assunto!
Leia também: Internet das Coisas e Indústria 4.0: grandes transformações que andam lado a lado
O que é o metaverso?
O metaverso é uma integração entre os mundos virtual e físico, que permite que os usuários façam parte do ambiente online por meio de seus avatares, com o auxílio de tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada. A principal proposta é criar interações interpessoais, ocorridas em um universo ficcional ou em uma simulação do mundo real, possibilitando experiências sensoriais e emocionais, além da socialização.
A presença desta tecnologia no entretenimento não é novidade, afinal, já tivemos contato com diversos videogames que simulam a vida real. Por exemplo, o jogo Second Life, criado em 2003 pela empresa estadunidense Linden Lab. Ainda assim, a popularidade do metaverso só aumentou após a mudança de nome do grupo Facebook para Meta e a promessa de seu CEO Mark Zuckerberg de trazer a tecnologia para situações cotidianas.
Atualmente, temos vários exemplos de momentos em que o metaverso foi responsável por criar um elo entre a vida real e o universo digital, como a criação de avatares 3D,hologramas para reuniões no Microsoft Teams e empresas renomadas criando versões virtuais ativas em jogos de videogame, vide o McDonald's em Minecraft e o Banco do Brasil em GTA.
Desenvolvimento do metaverso e a evolução digital
Curioso reparar que o maior investimento no metaverso coincidiu com o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19, muito influenciado pela demanda por alternativas que transmitam a sensação de proximidade. Podemos dizer que estamos presenciando o início da Web 3.0 – termo referente à total imersão do usuário no ambiente virtual, uma evolução que dispensa a mediação das redes sociais nas interações, como ocorre na Web 2.0.
Porém, uma tecnologia tão avançada quanto o metaverso requer forte investimento em ferramentas que ainda não são tão populares, como softwares VR, que transportam o usuário para a simulação virtual; e AR, que inserem elementos virtuais no mundo físico. Em países menos desenvolvidos tecnologicamente, como o Brasil, a lista de ferramentas pouco acessíveis inclui até mesmo a conexão 5G.
Para a movimentação do mercado virtual no metaverso, também é necessário o fortalecimento da tecnologia blockchain, garantindo a segurança em transações que envolvem criptomoedas e NFTs (tokens não fungíveis). Isso possibilita a aquisição de bens digitais e cria oportunidades para a expansão do setor comercial.
Leia também: 10 anos da indústria 4.0: tecnologia aliada ao processo de fabricação
Influências do metaverso na indústria
Embora o metaverso esteja associado ao entretenimento e repensado como uma ferramenta de interação social, seu papel na indústria pode gerar benefícios inimagináveis. O principal é a criação do Digital Twin (Gêmeo Digital), tecnologia que simula toda a linha de produção com precisão, garantindo melhor aproveitamento dos ativos, manutenção preditiva de máquinas e equipamentos e redução de riscos de acidente de trabalho.
Como a simulação do Digital Twin é realizada em um ambiente virtual, todos os detalhes do universo físico, como especificações das máquinas e dados técnicos são copiados com exatidão para o software, criando uma integração entre ambas realidades. Além disso, permite que a linha de produção seja explorada detalhadamente pelos usuários, por meio da realidade virtual ou realidade aumentada.
Outra grande promessa do metaverso é a possibilidade de profissionais de diferentes áreas e especialidades trabalharem remotamente em um mesmo ambiente virtual. Isso já ocorre nos grandes projetos da Poyry. Ferramentas digitais são extensivamente usadas para a colaboração remota em projetos complexos de engenharia. Na Pöyry, por exemplo, temos equipes em diferentes países colaborando de forma virtual e remota nos projetos, utilizando para isso ferramentas de modelagem 3D e de integração de dados e documentos de engenharia, como a plataforma VSE (Virtual Site Environment).
Metaverso deve criar novas possibilidades
Com o metaverso, a colaboração virtual será levada a uma outra dimensão, permitindo realizar simulações de equipamentos e linhas inteiras, ainda em tempo de projeto, com a interação de equipes que se conectam e trabalham diretamente no modelo virtual da fábrica. Por exemplo, será possível realizar o comissionamento virtual de uma planta, simulando de forma integrada todos sistemas de engenharia, operações (como sistemas de automação e controle da planta) e TI (como o ERP) meses antes do comissionamento real, antecipando, assim, problemas que hoje só são percebidos e corrigidos na partida real das fábricas.
Como disse o CEO da NVIDIA, Jensen Huang (empresa que investe pesado em seu próprio metaverso – o Omniverse – e já possui aplicações reais sendo implementadas por empresas como Siemens Energy, BMW e Ericsson): “antes as fábricas nasciam no mundo físico e passavam para o mundo virtual, com o metaverso invertemos essa lógica, com as fábricas e produtos nascendo no mundo virtual e indo depois para o físico”. Portanto, a junção do físico e o virtual irá viabilizar a aplicação do conceito de Gêmeos Digitais em larga escala pela indústria.
Metaverso e o Gêmeo Digital
Hoje acessamos o Gêmeo Digital nas telas de nossos computadores. Com o Metaverso poderemos literalmente “andar” dentro do Gêmeo Digital, ver as máquinas e sistemas operando, fazer simulações e interagir com colegas de trabalho para a resolução de problemas, como se estivéssemos dentro da fábrica real. Portanto, os ganhos de produtividade serão enormes, com o aumento de eficiência do trabalho nas fases de projetos e operações dos grandes empreendimentos industriais.
A experiência em digitalização e atenção às maiores tendências mundiais da equipe multidisciplinar da Pöyry é resultado da presença global do Grupo AFRY, que se mantém na vanguarda das inovações tecnológicas para o setor industrial. Assim, conduzimos simulações com alto grau de realismo, aproveitando as vantagens do metaverso para oferecer as melhores soluções para os nossos clientes.
Making Future